segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Falta um...

A ultima vez que eu falei sobre isso tem...Acho que dois anos. Mas bem, vou voltar a um assunto um tanto polêmico pra mim...a porra do Ensino Médio.

Imagina, por um segundo, o que é estar no terceiro ano... É um ano de escolhas. Ou você decide logo de cara o que você quer e passa a viver nesse ano exclusivamente em função disso, ou você fica na dúvida até o ultimo segundo e, como diria minha professora de química, SIFU!

Mas eu não vim aqui só pra falar disso... Porra, acha que eu ia perder uma noite de carnaval pra falar sobre colégio?

Tá, mais ou menos. O que importa é que tomei consciência de uma coisa...

Minha vida depende desse ano. E eu ainda não me acostumei com essa ideia.

Pode parecer meio radical, um pouco forçado, mas é assim que eu penso...A minha escolha de carreira, a minha faculdade, os meus planos de vida vão começar agora...Agorinha mesmo! Já começaram! E, ora, porque esse maldito desconforto?

É a insegurança desgraçada, consequencia de uma puta pressão que vem sobre a sua cabeça.

Nesse ano, todo mundo vai chegar pra você e vai falar "Pooo, estuda seu bandido! Você tem que passar! Melhor colégio do Brasil! É esse ano!" e o cacete.

Acho que esse é um dos pontos ruins de estudar no São Bento...Claro que não preferia estar em outro lugar, mas o fato de estar lá recebendo essa cobrança, não só das pessoas proximas, mas dos professores ( que, em parte, são pessoas proximas também ), deixa qualquer um desgastado.

E se eu não passar? Ih, fudeu. Vai chover decepção pra tudo quanto é lado. Quando foi que essa maldita responsabilidade caiu no colo, assim, do nada, só pra me sacanear?

Por isso que eu digo que é o ano que vai decidir sua vida. Quer você passe, quer não, alguma coisa grande vai acontecer contigo, que você nunca vai esquecer... A tristeza de ficar um ano pra trás de seus amigos, que seguiram suas vidas sem você, ou a alegria, os tapas no ombro, o orgulho de poder continuar e fazer o que você sempre quis.

O primeiro ano foi...o ano da conscientização. O fim dos puteiros nas aulas de geometria/sociologia e o começo de uma trilogia barra pesada... O segundo ano foi a preparação, a seleção natural...E essa porra desse terceirão...É o ano da responsabilidade. Quer você queira, quer não.

Eu queria poder dizer que quero assumir essa responsabilidade, mas estaria mentindo. Ainda tenho minhas dúvidas. Ainda tenho medo de não conseguir o que eu quero.

Mas é o que todos dizem: só depende de mim.

Pois é, fudeu. Hora de arranjar um jeito de assumir a responsa.

L&S

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sem sentido

O que te motiva a viver?

Isso foi uma pergunta, caro leitor. O que faz com que você levante todo santo dia para vivenciar diversas situações, que podem ser tanto agradáveis quanto desprezíveis? Se ainda está pensando na resposta, arrisco afirmar que acabou de cair na chamada "rotina". Não que isso seja ruim. Acredite, tem um lado meu que inveja pessoas que vivem por viver. Essas que não se preocupam como o porque das coisas, mas que estão aqui simplesmente por estar.

Enquanto esse meu outro ingênuo lado anseia para que eu termine com as minhas loucuras impulsivas (incluindo essa página na internet), o meu lado mais forte continua gritando. E é por isso que estou aqui, pela segunda vez, escrevendo espontaneamente. E estou começando a gostar mais disso.

Enfim...Dessa vez, eu tenho sobre o que falar. Vou voltar a pergunta inicial: O que te motiva a viver? Além de ser uma pergunta um tanto desconfortável, pois resume todo um histórico pessoal daquele a quem lanço tal questão, não deixa de ser esclarecedora. Afinal, estamos aqui por uma razão. Toda pessoa deixa uma marca no mundo. Sem exceção. Se isso é importante para o mundo ou não é outra são outros quinhentos.

Sendo assim, qual a marca que cada um de nós pode ou deve deixar? Pelo que cada um nós luta? Retomando minha primeira frase, o que faz com que você levante para ouvir desgraças ou plantar glórias? Peço, encarecidamente, que ao terminar de ler esse texto, você, jovem vagante da internet, tenha uma noção do que te motiva a estar, agora mesmo, lendo um texto sobre estar aqui, agora mesmo, nesse momento.

Mas chega de falar de você. Vamos falar sobre mim.

Estou escrevendo isso aqui por uma razão...Na verdade, é a minha motivação. O fato de que eu esteja impulsionando tantas idéias na sua pequena cabeça, caro leitor, faz parte da minha noção de vida.

Eu luto, acordo, vivo em nome da harmonia entre as pessoas. E se eu estou te colocando pra pensar sobre isso, é porque quero que veja como eu penso e, quem sabe, saia dessa página com alguma coisa util na cabeça.

O ruim, porém, de viver influenciado por essa idéia é que, por mais que queiramos estar considerando os outros, ajudando os outros e sendo bom para os outros, não adianta. O mundo vive sob uma ilusão de que não é possível estabelecer laços. Então porque eles deveriam lutar por harmonia como eu luto? Não faz sentido. Se tudo tem fim, pra que começar? Não faz sentido.

Mas eu não discordo tanto disso. Acho solidariedade uma burrice. O que vai fazer a humanidade sobreviver não são as ações caridosas sem busca por retorno, mas sim, as ações caridosas que esperam ações caridosas de volta. Só assim que a pessoa evolui. Não se aproveitando da boa vontade dos outros, mas sendo igualmente benevolente.

Por isso, retomo meu post anterior. Existem sempre pessoas lutando por algo sem sentido. Pessoas idiotas, inclusive.

Ora, se então, eu tenho a consciencia de que vou sofrer, de que vou me magoar, de que não importa por mais que eu seja atencioso, as pessoas raramente vão me dar retorno, porque eu vivo segundo essa máxima?

Porque eu sou idiota. Dã.

L&S