quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Passado.

Se eu não me engano, na época que o blog tinha outro nome ("Uma mente nobre") eu havia feito uma postagem sobre a importância que cada tempo exerce na vida. Coloquei o futuro como o que menos deve representar peso para uma pessoa, visto sua incerteza e imprecisão. O passado vinha logo em seguida, pois apartir dele é que puxamos nossas influências e geramos conclusões que serão aplicadas em todos as nossas ações, pensadas no futuro ou direcionadas ao presente. Portanto, o tempo mais importante para mim sempre foi o presente, valorizando expressões com o Carpe Diem e deixando a vida correr. Nunca deixar que frustrações passadas ou desejos futuros afetassem negativamente a sua vida na atualidade. Já me disseram que o presente não existe: que em 1 segundo, o presente já vira passado. Ora, não há como ligar o passado e o futuro sem o presente. Logo, pra mim ele é o mais importante.

Mas enfim, o objetivo não é esse. O que é o passado? Creio que vários pensadores tenham concepções distintas do que podemos tratar como o passado. Na verdade, todas são válidas. Como as religiões, por exemplo. Cada religião tem ideais diferentes e idolatram deuses diferentes. Ao mesmo tempo, todas dizem estar certas. Sendo assim, todas elas são verdadeiras até que se prove o contrário. Ou falsas até que se prove o contrário. Isso vale para qualquer fato que não tenha explicação concreta e que diversos indivíduos a tentem compreender. O passado é, certamente, um deles.

O que pensamos sobre o passado? Expressões como "não chorar pelo leite derramado" pra mim são ridículas. Como esquecer o que já aconteceu? É totalmente necessário utilizar de eventos anteriores, sejam eles bons ou ruins, para transformá-los em aprendizados presentes. Como se arrepender de algo que aconteceu, ou sentir sua perda, são prejudiciais quando isso ocorre a fim de tornar cada um melhor? Acho que para todos, o passado deve sempre funcionar como um remediador do presente. Somos todos seres que entendem o princípio de causa e consequência. Consequências ruins devem sempre ser evitadas. Porém, para alguns, elas devem ser vivenciadas na prática. Para isso serve a experiência. Para isso serve ligar o passado com o presente. Isso se chama aprendizado.

Deixando agora de lado essa visão construtiva e destrutiva do passado, digo a maior força que ele exerce na vida de alguém: a saudade, a nostalgia. Definitivamente é um regulador de emoções. Boa parte das nossas emoções são regradas pelo que já vivenciamos. Como você pode dizer que ama alguém sem antes ter passado tempo com ela? Sem antes sair de perto dela e dizer: Sinto sua falta. Nesse sentido, caem dois grandes problemas: a dificuldade de controlar o que sentimos e as consequências geradas pelo que sentimos. Tudo isso porque o passado é imutável. É aí que mora o problema.

Como lidar com algo que não muda? Com algo que, para sempre, permanecerá o mesmo? E como aceitar essas influências sem reclamar? É difícil. Acho que aqueles conseguem solucionar esse problema são mais felizes.

Pois é. Eu estou quase lá.

Eu já solucionei meu problema de controlar meus sentimentos. Como? Não controlando. Ninguém escolhe o que ama. Deixa correr a maré. Você se apaixona. Você se torna a pessoa mais feliz do mundo. O que tem de ruim nisso? Pra que se preocupar em ser vulnerável? Curta o momento! É pra isso que vivemos, ora! A média de vida de um brasileiro é de cerca de 70 anos. Se eu pudesse, passaria 70 anos amando. É a melhor sensação do mundo. Só quem vive isso entende o que digo aqui. Pra que perder seu tempo tentando controlar o incontrolável? Existem consequências ruins. Óbvio! O mundo não é perfeito! Quando você se toca nisso, começa a dar muito mais valor ao que temos de melhor: os sentimentos. Eles não existem com controle remoto. Sinta como eles. Seja seus sentimentos. São sensações maravilhosas.

O problema das consequências é um pouco mais complicado. As boas são fáceis de lidar: Aproveite o que o passado te traz de bom. Ora, óbvio demais, certo?

O mais difícil: as consequências ruins. Não dá pra não tentar controlá-las: Como eu disse lá em cima, todos tentamos inconscientemente fugir do que nos pode fazer mal e elas, ao mesmo tempo, são trazidas por algo imutável, que é o passado. Também não podemos cortar o mal pela raiz: Deixarmos de sentir. Simplesmente porque não vale a pena nunca mais saborear o amor visando a inexistência de prejuízos.

Uma solução razoável: Otimismo. Nunca pense no pior. Imagine que tudo será para sempre. Mas não só para evitar a depressão por medo de crises futuras.

Porque, quando você ama, realmente ama, você sabe que será eterno. Não importa o que você diga, pense, faça ou deseje. O passado nunca muda. Apartir do momento que estamos apaixonados, somos jogados dentro de um sentimento sem volta, e acorrentados, aprisionados pelo amor. Todo esse pensamento sobre o passado não é feito somente para melhorar o presente, mas também para otimizar o que sentimos. E é isso o que temos de mais importante. Os sentimentos. Então, para que desperdiçá-los? Façamos deles os maiores poderes da nossa vida!

L&S

Apenas mais um.

Eu não posto aqui tem muito tempo. Muito, muito tempo. Pelo que vi rapidamente, desde fevereiro desse ano. Tenho meus motivos para ter parado com as postagens, incluindo vestibular e outras influências. A questão é que, nesse exato momento, lembrei o quão importante o loucura impulsiva é pra mim no quesito de desabafar ou escrever apenas sobre o que passa agora, na minha cabeça. Normalmente, o mais sensato é conversar com outras pessoas para buscar sempre as melhores críticas construtivas e, por fim, checar as suas conclusões. Qual o problema? Neste instante, não tenho ninguém para o fazer.

Outro fator importante que me põe a escrever aqui: discrição. Ninguém mais vem aqui. Se vier, fazer o que? Meu intuito é apenas escrever o que passa nesse momento na minha mente e nas minhas emoções. Lê quem quer, curte quem quer. Eu? Só quero digitar.

Pois bem... Lembrei recentemente de uma ideia muito antiga minha, que bolei no fim do ano passado ou no início desse ano: a metáfora sobre as ondas e as almas gêmeas. Desde que me entendo por gente, sempre fui uma pessoa demasiadamente emocional, como meus proprios posts anteriores relatam isso, e sempre gostei de relacionar ideias e emoções e formar, assim, comparações e sínteses que, aos meus olhos e, igualmente, aos olhos do meu coração, se encaixassem. Essa foi a que eu mais gostei, de todas as que eu pensei. Ela é mais ou menos assim:

"As ondas funcionam exatamente com as almas gêmeas, aquelas pessoas que nasceram para, juntas, formar uma, através de uma conexão inexplicável e, ao mesmo tempo, colossal nos termos do amor. As ondas quebram ao longo do caminho, assim como as pessoas se quebram, entrando em relacionamentos fadados ao fracasso e sofrendo, com a onda que quebra sem rumo. No entanto, não importa o quão longa e o quão dolorosa seja essa onda: elas sempre se encontram no final. As almas gêmeas vão sempre se encontrar. Sempre. Não importa como."

Pensei isso numa viagem que fiz, enquanto sentava na varanda olhando as aguas da praia baterem contra a areia, a poucos metros de onde eu estava. Realmente, é verdade, não acha? O amor funciona como uma onda, que se cansa até, no final, encontrar seu destino. Passamos a vida inteira procurando isso. Eu, particularmente, VIVO em função de sentimentos. Minha crença é baseada completamente nas emoções. Não só pela força transcedental que elas exercem sobre nós, mas pela influência linda na nossa vida. Amar é incrível pra quem já passou por isso. Eu já desfrutei disso duas vezes, e a segunda vez (atualmente) tem sido muito mais intensa.

Quais os pontos bons disso? Meu Deus, muitos.

Quais os pontos ruins disso? Um só.

Você sente tudo mais forte. Isso inclui, infelizmente, as coisas ruins. É aí que mora o perigo. Algumas pessoas lidam bem com o descaso, outras se confortam com pensamentos otimistas.

Eu não. Não mesmo. Principalmente quando você muda absurdos. Quando você luta para ser sempre o melhor. Quando você percebe que se tornou pior e volta a ser o melhor. Tudo em nome de quem? Do maldito amor.

E o problema? Cara. Você não sabe se está na parte quebrada da onda ou se já está no encontro. Essa é a beleza e a maldição de amar. A beleza está no segredo e na exigência da experiência para descobrir sua posição na onda. A maldição é imaginar que está no encontro, e estar na quebrada.

E agora, aonde estou ? É isso que eu me pergunto.

L&S

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Falta um...

A ultima vez que eu falei sobre isso tem...Acho que dois anos. Mas bem, vou voltar a um assunto um tanto polêmico pra mim...a porra do Ensino Médio.

Imagina, por um segundo, o que é estar no terceiro ano... É um ano de escolhas. Ou você decide logo de cara o que você quer e passa a viver nesse ano exclusivamente em função disso, ou você fica na dúvida até o ultimo segundo e, como diria minha professora de química, SIFU!

Mas eu não vim aqui só pra falar disso... Porra, acha que eu ia perder uma noite de carnaval pra falar sobre colégio?

Tá, mais ou menos. O que importa é que tomei consciência de uma coisa...

Minha vida depende desse ano. E eu ainda não me acostumei com essa ideia.

Pode parecer meio radical, um pouco forçado, mas é assim que eu penso...A minha escolha de carreira, a minha faculdade, os meus planos de vida vão começar agora...Agorinha mesmo! Já começaram! E, ora, porque esse maldito desconforto?

É a insegurança desgraçada, consequencia de uma puta pressão que vem sobre a sua cabeça.

Nesse ano, todo mundo vai chegar pra você e vai falar "Pooo, estuda seu bandido! Você tem que passar! Melhor colégio do Brasil! É esse ano!" e o cacete.

Acho que esse é um dos pontos ruins de estudar no São Bento...Claro que não preferia estar em outro lugar, mas o fato de estar lá recebendo essa cobrança, não só das pessoas proximas, mas dos professores ( que, em parte, são pessoas proximas também ), deixa qualquer um desgastado.

E se eu não passar? Ih, fudeu. Vai chover decepção pra tudo quanto é lado. Quando foi que essa maldita responsabilidade caiu no colo, assim, do nada, só pra me sacanear?

Por isso que eu digo que é o ano que vai decidir sua vida. Quer você passe, quer não, alguma coisa grande vai acontecer contigo, que você nunca vai esquecer... A tristeza de ficar um ano pra trás de seus amigos, que seguiram suas vidas sem você, ou a alegria, os tapas no ombro, o orgulho de poder continuar e fazer o que você sempre quis.

O primeiro ano foi...o ano da conscientização. O fim dos puteiros nas aulas de geometria/sociologia e o começo de uma trilogia barra pesada... O segundo ano foi a preparação, a seleção natural...E essa porra desse terceirão...É o ano da responsabilidade. Quer você queira, quer não.

Eu queria poder dizer que quero assumir essa responsabilidade, mas estaria mentindo. Ainda tenho minhas dúvidas. Ainda tenho medo de não conseguir o que eu quero.

Mas é o que todos dizem: só depende de mim.

Pois é, fudeu. Hora de arranjar um jeito de assumir a responsa.

L&S

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sem sentido

O que te motiva a viver?

Isso foi uma pergunta, caro leitor. O que faz com que você levante todo santo dia para vivenciar diversas situações, que podem ser tanto agradáveis quanto desprezíveis? Se ainda está pensando na resposta, arrisco afirmar que acabou de cair na chamada "rotina". Não que isso seja ruim. Acredite, tem um lado meu que inveja pessoas que vivem por viver. Essas que não se preocupam como o porque das coisas, mas que estão aqui simplesmente por estar.

Enquanto esse meu outro ingênuo lado anseia para que eu termine com as minhas loucuras impulsivas (incluindo essa página na internet), o meu lado mais forte continua gritando. E é por isso que estou aqui, pela segunda vez, escrevendo espontaneamente. E estou começando a gostar mais disso.

Enfim...Dessa vez, eu tenho sobre o que falar. Vou voltar a pergunta inicial: O que te motiva a viver? Além de ser uma pergunta um tanto desconfortável, pois resume todo um histórico pessoal daquele a quem lanço tal questão, não deixa de ser esclarecedora. Afinal, estamos aqui por uma razão. Toda pessoa deixa uma marca no mundo. Sem exceção. Se isso é importante para o mundo ou não é outra são outros quinhentos.

Sendo assim, qual a marca que cada um de nós pode ou deve deixar? Pelo que cada um nós luta? Retomando minha primeira frase, o que faz com que você levante para ouvir desgraças ou plantar glórias? Peço, encarecidamente, que ao terminar de ler esse texto, você, jovem vagante da internet, tenha uma noção do que te motiva a estar, agora mesmo, lendo um texto sobre estar aqui, agora mesmo, nesse momento.

Mas chega de falar de você. Vamos falar sobre mim.

Estou escrevendo isso aqui por uma razão...Na verdade, é a minha motivação. O fato de que eu esteja impulsionando tantas idéias na sua pequena cabeça, caro leitor, faz parte da minha noção de vida.

Eu luto, acordo, vivo em nome da harmonia entre as pessoas. E se eu estou te colocando pra pensar sobre isso, é porque quero que veja como eu penso e, quem sabe, saia dessa página com alguma coisa util na cabeça.

O ruim, porém, de viver influenciado por essa idéia é que, por mais que queiramos estar considerando os outros, ajudando os outros e sendo bom para os outros, não adianta. O mundo vive sob uma ilusão de que não é possível estabelecer laços. Então porque eles deveriam lutar por harmonia como eu luto? Não faz sentido. Se tudo tem fim, pra que começar? Não faz sentido.

Mas eu não discordo tanto disso. Acho solidariedade uma burrice. O que vai fazer a humanidade sobreviver não são as ações caridosas sem busca por retorno, mas sim, as ações caridosas que esperam ações caridosas de volta. Só assim que a pessoa evolui. Não se aproveitando da boa vontade dos outros, mas sendo igualmente benevolente.

Por isso, retomo meu post anterior. Existem sempre pessoas lutando por algo sem sentido. Pessoas idiotas, inclusive.

Ora, se então, eu tenho a consciencia de que vou sofrer, de que vou me magoar, de que não importa por mais que eu seja atencioso, as pessoas raramente vão me dar retorno, porque eu vivo segundo essa máxima?

Porque eu sou idiota. Dã.

L&S

domingo, 10 de janeiro de 2010

Impulsos

Pela primeira vez, eu acho, estou pondo, diretamente, o que eu sinto nesse monitor. Nunca, enquanto tive um blog, escrevi realmente o que passava minha cabeça de forma sucinta. Normalmente, eu transmito isso através de contos, afinal, eles não surgem do nada, ou por meio de postagens aleatórias, sem mencionar nomes ou fugindo da minha realidade. Hoje, não. Eu fiquei encarando o teclado, o mouse, a tela, e nada. Até que eu falei "Quer saber? Foda-se. Vou deixar a espontaneidade carregar o momento.

Bom, como sempre, estou aqui por um motivo muito simples...Problemas. Óbvio. Ninguém escreve á meia-noite porque está de bem com a vida e vivendo as mil maravilhas. Se fosse o caso, o nome do blog não seria "Loucura Impulsiva", e não faria sentido o que eu estou fazendo agora.

Eu parei pra pensar e...Se eu fosse fazer um conto, acabaria com certeza em tragédia, traição, morte ou alguma outra coisa que eu com certeza já postei aqui ou em outro lugar. O tema provavelmente seria depressão, raiva, tristeza, melancolia e desgraça. Aí, percebi que isso tudo é inútil. É apenas uma tentativa fútil de escapar dessas crises. Em geral, funciona por um tempo, mas não dura. Não o suficiente pra viver as citadas mil maravilhas.

Sendo assim...Não faz muito sentido continuar escrevendo, não? Então porque o texto não acabou?

Porque tem sempre uma pessoa pra lutar por algo sem sentido. Algo que não vai mudar nada. Algo que é obsoleto. No caso, sou eu, escrevendo por motivos aleatórios que não serão solucionados por essas linhas.

Resta responder a maldita pergunta: qual a razão da minha pessoa estar fazendo isso?

É porque ninguém tem o poder de solucionar todos os problemas. É impossível. Sempre vão aparecer mais. Não adianta, eles vão te perseguir e te levar ao limite até que você agonize. E enquanto você agoniza, eles vão te jogar no chão e te chutar. E depois que você estiver acabado, chutado e sujo, eles vão cuspir em você. Aí, então, eles vão sumir. Você vai levar. Mas só pra descobrir que eles estavam se escondendo pra te dar uma voadora por trás.

Tá...e agora?

Agora, o texto acabou. Acho que vou voltar pros contos, porque escrever assim é muito mais complicado do que eu imaginei.

Mas valeu a pena. Pelo menos não fiquei encarando o monitor até agora esperando o texto brotar. Eu fui lá e o escrevi sem pensar.

Pensando bem... Foi o texto que eu escrevi mais rápido. Detalhe: alguns momentos atrás, disse que o texto tinha acabado. Pois é, eu menti. Não, na verdade, pensei realmente que eles fosse terminar ali. Mas parece que as palavras brotam sem que eu queira.

O mais importante disso foi que passei uma meia hora sem pensar em nada. Bom, acho que é pra isso que servem os impulsos de um louco...Viva a inútil tentativa de fuga da realidade!