sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Colapso.

Talvez essa seja a melhor palavra para transmitir o que sinto no momento. Já não é de agora que o mundo mudou completamente para os meus olhos. Não somente os globos oculares da minha face, mas também o que meu coração passou a enxergar...Sinceramente, eu sempre acreditei na idéia de alma gêmea. Vivo baseado nela, penso nela, nunca mudarei o rumo da minha vida se para isso precisar excluir tal forma de viver da minha pessoa. Agora, a cada vez que eu paro e penso se vale mesmo a pena acreditar que esse sonho é possível, parece que, quanto mais eu penso, mas me parece uma mera ilusão...

Já que toquei no assunto de sonho...Seria sonhar algo que realmente nunca conseguiremos definir? Talvez seja por isso que seja algo tão incerto...Muitos chamam suas metas de sonhos, o que não é nada mais do que um equívoco. Não temos como tornar um sonho REAL. Do mesmo jeito que ele não tem forma em si, ele transmite imagem de algo que sobressaia em nós num determinado momento. Os nossos maiores medos e os nossos maiores desejos são expressões dos nossos sonhos. Por assim dizer, o sonho é algo que, creio, será o ápice da explicação humana, se é que tal explicação venha a existir.

Tudo bem, podemos uma vez ou outra sonhar com o que mais almejamos, ou com o mais destestamos. Agora, e se sonharmos repetidamente com a mesma coisa? Com o mesmo fato? Com a mesma pessoa? Deixa de ser uma mera transmissão de imagem em relação aos nossos desejos e medos, mas passa a ser uma revelação intensa do nossos sentimentos mais profundos! Imagina, todas as suas incertezas, amores e vontades juntos em oito horas de êxtase total? É impressionante como algo que, falando assim, parece ser tão bom, mas que, após tanto tempo, venha a ser algo tão penoso, tão desestimulador...O pior de tudo é que, não importa o quanto a sua mente tente afastar esse pensamento: o seu coração insiste que você sofra.

Que dilema! Viver baseado em amar como se não houvesse amanhã (faço de Renato minhas palavras) , em aproveitar o dia, quando tal sentimento insiste em te apunhalar inúmeras vezes pelas costas. Normalmente, eu pensaria que isso acabaria com a sua forma de ver a vida. Com a sua forma de amar. E sim, mudou, completamente, o jeito com que enxergo o que, antes, parecia tão simples.

Eu nunca vou deixar de acreditar que existe uma pessoa que se encaixa perfeitamente no espaço que falta em mim. Se eu for seguir a contradição de idolatrar um sentimento que me faz sofrer, posso levar á seguinte situação: "Você tem um filho e o ama de verdade. Certo dia, ele pede pra você dar-lhe uma bicicleta. Você concede, indepentemente de saber que ele vai cair algumas vezes, até se levantar e aprender de verdade. Ou seja, você vai preferir deixá-lo cometer seus erros para que, mesmo você tendo a possibilidade de mudar a situação, ele possa aprender sozinho."

É assim que vejo, agora, o que antes parecia tão modesto. O amor prega peças, sim, mas se vivermos esperando o nosso amor, talvez deixemos ele passar por um descuido. Ou então, se tentarmos freneticamente buscá-lo, podemos, por um mesmo descuido, depararmos com ilusões. O que seria melhor? Não amar? Será mesmo?

Eu digo que não. Ao invés de deixar que sua alma gêmea venha até você, procure por ela. Ela também estará te procurando. Algum dia, vocês se encontrarão. Aquilo que antes parecia, de fato, uma utopia, parece que, agora, é real. Saberemos quando encontrarmos aquilo que mais desejamos, assim como sabemos quando encontramos o que tememos. Nunca deixe de sentir, pois, sem isso, não há porque viver. Pense bem. Se você abrir mão de seus sentimentos, estará abrindo mão dos sentimentos de outro pessoa. Sim, a pessoa que foi feita para você. Não pense que o amor é uma brincadeira de mau-gosto, nem ironia do destino. Amar é para aqueles que são fortes e que não desistem. Amar é para aqueles que sabem o mais desejam. Amar é para aqueles que, no final, vão encontrar aquilo com que mais sonhou.

E, quem sabe, nesse momento, nesse dia tão esperado, um sonho realmente venha se tornar realidade...


L&S

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Recaídas Banais...

O homem é puramente um ser bipolar. Pelo menos emocionalmente. Temos nossos breves momentos de loucura a ponto de querermos acabar tudo pulando do sétimo andar de um prédio e, num outro momento, estamos vivendo como nunca com um sorriso que vai de uma ponta a outra. Muito estranho, não? Garanto que qualquer pessoa já se sentiu assim. Eu, sinceramente, nunca sei quando ou porque isso acontece. Acho que os sentimentos são, de fato, autônomos. Podemos controlar nossos músculos, mas não podemos controlar nossos sentimentos. Mais estranho ainda, certo? Pois bem...

Já não tem muito tempo que eu me sentia uma mera partícula num universo infinito. Completamente inútil, obsoleta, sendo no máximo uma espectadora do tempo. Acho que talvez fosse o fato de que eu estava vivendo um amor impossível. Acho que vocês tem amigas de anos e anos, certo? Pois é. A amizade ficou foda e nunca passa disso. O resto se explica por si só. É, eu vivenciei isso por umas duas semanas, tentando, tentando, mas era como se uma barreira impedisse que você alcançar aquilo que você tanto deseja, tanto almeja. Aquilo que você daria tudo só para sentir por alguns momentos. Todos já passaram por isso, imagino. Garanto que não há coração que aguente. E eu me senti muito abalado.

E o pior é que não era recíproco...Eu me senti, assim, em segundo plano...Todos as ações dessa impossível paixão raramente me levavam com prioridade. Era como se eu fosse somente "alguém", sabe? Alguém que não faz aqueeela diferença na vida de pessoa. E porra, faz muito tempo. Enfim....

Acho que isso passou. Aí entra uma coisa que nunca sabemos de verdade: conviver. Quantas pessoas se casaram achando que seria o país das maravilhas e, após começar a vida com esse ser amado, descobriu que acabara de adentrar os portões de um inferno sem volta? Bom, foi outra coisa que aconteceu...O fato de ter sido colocado em segundo plano me fez pensar como as pessoas não percebem o quanto outras pessoas se dedicam á essas. Sempre colocamos as pessoas erradas em primeiro lugar, e aqueles que lutam por nós as vezes passam despercebidos pelos nossos olhares. O que você faz nessa hora? Se afasta. Por mais doloroso que seja, faça isso. Se você realmente for alguém que importa, você receberá retorno e saudade. Mas e se não? Bom, foi o que aconteceu comigo.

Depressão é um bagulho que eu nunca tive. E não quero ter. Já fui salvo dela e, pelo que parecia estar por vir, era medonho. Agradecimentos de novos aqueles que me ajudaram em tal momento. Mas...Descobri que, além disso, era um tipo de pessoa duas caras...Esse é o pior tipo de gente a se descobrir. Nunca curti falsidade, muito menos esconder o que realmente somos. Não necessariamente falsidade, mas dificuldade de se abrir.

Bom, aqui estou eu, feliz de novo. Acho que você perceber que um amor não é tudo aquilo é melhor (ou menos pior) do que você receber amor e acabar estragando tudo. Deve ter sido por isso que eu não deprimi.

Se eu postei isso, foi pra dizer só uma coisa: Por mais que beiremos a depressão; por mais que nunca encontremos a nossa alma gêmea; por mais que tentemos dar tudo para aquelas pessoas que amamos e nao recebamos retorno, uma coisa é certa:

Nunca deixe de amar.Nunca. Se o mundo permanece inteiro (pelo menos por fora), é porque temos pessoas amando. Temos aqueles que zelam pelos sentimentos alheios e nunca deixaram, bem, a fagulha se apagar.

Finalizarei o post com uma máximazinha básica que eu montei enquanto estava na varanda, vendo as ondas baterem na areia da praia, mais precisamente, pensando naquele amor impossível:

"Os lados de uma onda são como se fossem duas almas gêmeas, aquelas duas pessoas que foram feitas uma para outra. Ambos os lados da onda vão se quebrando, assim como as pessoas, que entram em relacionamentos fadados ao fracasso e quase desistem de viver ou de amar. Só que uma coisa é certa, e isso nunca vai mudar: Por mais longa seja a quebrada de um lado da onda, ela sempre se encontrará com o outro lado. Almas gêmeas foram feitas uma para outra. Elas sempre irão se encontrar. Sempre."


L&S

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Aproveitar...

Já cansei de ouvir que a vida é uma caixa de bombons. Que nunca saberemos o que vamos encontrar durante nossa mera existência como humanos. Já parou pra pensar quanto tempo perdemos pensando coisas assim? A vida, sinceramente, não é uma caixa de bombons: é um pote de dinamites com o pavio quase no talo.

Sofrimentos, dores, e crises. Parece que não acaba. Ás vezes, eu penso que o destino brinca com os meros mortais que habitam esse planeta. Será que nunca poderemos relaxar? Mesmo quando nos distanciamos para esfriar nossa mente, retomar a energia da nossa alma e refrescar nosso corpo, o retorno sempre é inevitável. E, como se não bastasse, traz consigo as três palavras inicialmente citadas no parágrafo.

Será que, algum dia, poderemos descansar? Espero que as milhões de lápides não estejam mentindo pra mim. Sempre quis saber o que acontece depois da morte. Em alguns momentos de auge, a curiosidade vence, por alguns segundos, até você perceber que não vale a pena. Não, não vale a pena. Se pensarmos bem, essas injúrias podem ser apenas a pista, e não o pódio. Nunca imaginei que diria isso, mas, quem sabe a vida seja uma caixa de bombons?

Surpresas. Quem não aprecia uma? Todos temos sentimentos e as surpresas pega-os desprevinidos. Isso dá uma certa força nas sensações, que são sempre extremas. Um singelo bebê, quando é surpreendido, solta gargalhadas. Um homem solitário, quando é surpreendido com, um amor, por exemplo, sente-se mais leve que o ar. E por assim adiante.

Mas há aquelas surpresas completamente indesejáveis. O susto que tomaram quando atiraram em Kennedy, por exemplo, pode ter beirado um ataque. É incrível como a vida tem seus altos e baixos, não? Acredito que todos nós, sem exceção, queremos uma coisa: Descansar em paz.

Assim, me pergunto...Seria a vida uma caixa de bombons, ou um pacote de dinamites á beira da explosão? Eu digo o que a vida é.

A vida é um caderno. Você é um lápis. E o mundo é uma sala de aula. Você pode escrever o que você quiser no caderno, mas não há volta. Além disso, você nunca vai mudar a sala de aula. Ela sempre será uma sala de aula. Resta você se adaptar á ela.

Se eu pudesse pedir qualquer coisa, nesse momento, o que eu pediria? Uma borracha.

L&S