sábado, 19 de fevereiro de 2011

O último sopro - Primeiro Capítulo.

Múltiplos passos largos e pesados ecoavam pelo frágil chão daquela casa decadente. Um grupo de pessoas corria desesperada, como se estivesse fugindo de algo iminente a alcançá-los.

- Ali, ali, ali dentro! Tem uma porta secreta na parede daquele quarto! Vamos, rápido, rápido!

A loucura tomava conta do ambiente. Nesses momentos, o ser humano não pensa em nada além de sobrevivência. Não importa o que seja necessário: ele simplesmente não quer morrer naquele momento, naquela hora, naquele lugar, por qualquer motivo que seja.

Os três adentraram a portinha de madeira embutida na parede marrom como se fosse parte da mesma. Um barulho de arrombo. Uma porta caindo. Vários movimentos sincronizados dentro daquela casa. Eles estavam ali. Eles haviam chegado.

- Silêncio, Mary! Não faça nenhum barulho! Estou aqui pra você, ok?

A garota ficou em silêncio. Era pequena, uma pré-adolescente de 13 anos. Loira, de olhos verdes, pele branca como a neve. Estava assustada, porém. Seus olhos mal piscavam, e ela tremia. O garoto, seu irmão mais velho, alto e moreno de olhos azuis, segurou-a em seus braços, tentando fazer com que a tremedeira e o medo passassem um pouco. Devia ter 18 anos, pois a barba já começava a crescer e a voz já era grossa como a de um homem.

Os passos estavam cada vez mais próximos. Já se ouviam dentro do quarto. Pelos intervalos, o garoto deduziu que haviam dois homens dentro daquele cômodo. Passos curtos, cautelosos... Estavam procurando alguma coisa. E pareciam convictos de que ela estava naquele lugar.

Foi nesse momento que Jensen teve uma vontade gigantesca de voar no pescoço do terceiro integrante do grupo. Tudo aconteceu tão rápido que ele nem entendeu. O garoto se posicionou na frente da portinha escondida, a abriu e pulou para fora. Os dois homens viraram no meio instante, e, para o susto dos irmãos, eles estavam armados. Não que eles não soubessem disso: mas é assustador ver dois fuzis apontados, prontos para atirar.

- Aí estão.

Os homens abaixaram as armas. Olharam para a porta, fixando os olhares em Jensen e Mary. Mary estava cabisbaixa, chorando. Jensen olhava furioso para o outro garoto. Agora de pé, percebia-se que ele era um pouco alto: não tanto quanto ele, mas devia ter 1,75m. Cabelo liso preto esparramado pelos lados, olhos castanhos claros e um físico magro.

- Como... Como... Como você pode fazer isso? Você nos deve a sua maldita vida! - Jensen disse, como se estivesse pronto a explodir.

- Você não entende. Quem sabe, algum dia entenda. Agora, é melhor ficar quieto, senão trataremos sua irmã do mesmo modo que trataremos você. Vocês dois, amarrem-nos. E não se esqueçam de cobrir-lhes o rosto com esses sacos plásticos pretos. Quero absoluto sigiloso para onde os estamos levando.

- DESGRAÇADO!

Antes que Jensen acertasse um soco no garoto franzino, os dois homens os seguraram pelo braço e o jogaram no chão. Mary queria gritar, mas como podia se não parava de derramar lágrimas? Em um instante, estavam amarrados e cobertos pelo rosto por sacos. O garoto deu uma olhada pelo cômodo, enquanto via os irmãos serem levados pelos homens armados. Respirou fundo, pôs o cabelo para o lado, e disse para si mesmo.

- Agora estamos avançando.

4 comentários:

  1. Quero só ver quem foi esse fdp que ferrou com tudo e ainda ficou todo animadinho! HUNF!
    Esperando o próximo *__*
    Beijos amado
    :)

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  2. Escreve logo o resto que fiquei animado, sua danada.

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  3. Quero a caralha da continuaçãoa u.u

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  4. Ora, ora, ora!
    Veja só quem voltou a escrever!

    Quero saber que diabos vai acontecer nos próximos capítulos, que ainda não li. O texto é interessante porque prende pela curiosidade.
    Uma dica pros próximos que você escrever: mande os nomes estrangeiros pra casa da caralha e use nomes normais. Believe me, fica bem melhor.

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