Estava errado. Eu precisava do mundo. Não só pra deixar a vida correr. Mas para fazê-la vida, com todas as suas minuciosas características e mínimos de detalhes. Choquei-me quando olhei ao redor e vi que nada tinha muito sentido. Essa era a intenção. Eu preciso buscar o sentido, precisa enxergar até onde pudesse enxergar. E vi que não importa o que sejamos, quem sejamos e porque sejamos como somos. Somos únicos. Isso é ótimo. E triste.
Ótimo, pois nos torna imortais em meio a diferença.
Triste, porque simplesmente não fazemos diferença.
Não somos únicos para ninguém. Não somos exclusividade de ninguém. Ninguém pára o mundo de alguém.
E ninguém é alguém para o mundo. O mundo é tudo para todos.
O mundo de alguém pode parar. E ele precisa de outros para reanimar as engrenagens. Mas os outros não precisam disso. Podem seguir, sem problemas.
E foi aí que eu percebi. Que posso ser alguém, mas não sou ninguém. Que para todos, posso ser alguém. Mas, jamais alguém que vá parar o mundo de alguém. E, ainda assim, todos podem parar meu mundo. E ninguém para recorrer.
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